Era uma tarde de novembro dos anos 90, fala-se nas ruas sobre o novo presidente Fernando Collor e da Guerra Fria, parecia que o medo de uma nova guerra fosse inciada ainda pairava no ar . Hannah era bebê e seus pais Halima e Eitor tinham poucas economias para sustentar o negócio da família.
O tempo foi passando e Hannah cresceu na cidade de João Pessoa na Paraíba. Ela era uma menina doce, meiga, delicada, não costumava falar alto e era sempre educada. Sua família era humilde, precisava economizar pra manter o pequeno mercadinho do seu pai, por isso Hannah cresceu sem muitas opções.
Quando o Plano Collor foi posto em ação, muito dinheiro foi roubado dos cofres públicos e por causa dessa atitude inconstitucional de bloquear as economias do povo brasileiro, Eitor quase se suicidou em ver todo seu negócio ir a falência, onde ele tinha investido todo seu dinheiro em uma rede de supermercados que faliu por não conseguir mais honrar os compromissos dos seus os funcionários e fornecedores. Não cometeu tal erro porque ao se trancar no banheiro com a arma apontada pra cabeça, sua filha de apenas 1 ano estava engatinhando pelo corredor da casa, bateu na porta e balbuciou uns grunhidos e depois disse: “Mamã? Pápá?”. Duas palavras tão pequena e tão simples, mas, que desperta no coração de um pai o sentido de que além do dinheiro, do status e das riquezas existe algo que não se deve desistir jamais, e logo Eitor pensou em como ficaria sua esposa e sua filha sem ele. Hannah quando viu seu pai na porta, sorrindo, gritou: PAPÁÁ, Eitor entretando chorando, soltou a arma e disse bem baixinho abraçando a filha: obrigado meu amor, eu te amo. Halima sem entender e sem ver a arma no chão, apenas sorriu achando ser um momento de afeto entre pai e filha. Naquele instante, Eitor entendeu que mesmo sem esperanças, existia alguém que o fazia acreditar que mesmo sem ter nada, ele tinha tudo.
Em 1998 Fernando Henrique Cardoso ganhou as eleições e os pais de Hannah que haviam perdido quase tudo na presidência de Collor, iniciou um novo projeto para desenvolver um novo negócio. Durante 6 anos, Eitor trabalhou como pedreiro, zelador, porteiro, jardineiro, segurança e motorista, sempre em mente um novo objetivo para tirar a sua família do sufoco, que mesmo passando por dificuldades, nunca deixou de acreditar que um dia, tudo poderia mudar. E de fato mudou.
Após longos 6 anos desde quando perdeu tudo para Collor, Eitor conseguiu novamente investir no seu negócio e por ainda possuir o galpão onde funcionava seu supermercado principal, começou a iniciá-lo novamente e dessa vez com muito mais força, vigor e organização do que antes.
Quando o Plano Collor foi posto em ação, muito dinheiro foi roubado dos cofres públicos e por causa dessa atitude inconstitucional de bloquear as economias do povo brasileiro, Eitor quase se suicidou em ver todo seu negócio ir a falência, onde ele tinha investido todo seu dinheiro em uma rede de supermercados que faliu por não conseguir mais honrar os compromissos dos seus os funcionários e fornecedores. Não cometeu tal erro porque ao se trancar no banheiro com a arma apontada pra cabeça, sua filha de apenas 1 ano estava engatinhando pelo corredor da casa, bateu na porta e balbuciou uns grunhidos e depois disse: “Mamã? Pápá?”. Duas palavras tão pequena e tão simples, mas, que desperta no coração de um pai o sentido de que além do dinheiro, do status e das riquezas existe algo que não se deve desistir jamais, e logo Eitor pensou em como ficaria sua esposa e sua filha sem ele. Hannah quando viu seu pai na porta, sorrindo, gritou: PAPÁÁ, Eitor entretando chorando, soltou a arma e disse bem baixinho abraçando a filha: obrigado meu amor, eu te amo. Halima sem entender e sem ver a arma no chão, apenas sorriu achando ser um momento de afeto entre pai e filha. Naquele instante, Eitor entendeu que mesmo sem esperanças, existia alguém que o fazia acreditar que mesmo sem ter nada, ele tinha tudo.
Em 1998 Fernando Henrique Cardoso ganhou as eleições e os pais de Hannah que haviam perdido quase tudo na presidência de Collor, iniciou um novo projeto para desenvolver um novo negócio. Durante 6 anos, Eitor trabalhou como pedreiro, zelador, porteiro, jardineiro, segurança e motorista, sempre em mente um novo objetivo para tirar a sua família do sufoco, que mesmo passando por dificuldades, nunca deixou de acreditar que um dia, tudo poderia mudar. E de fato mudou.
Após longos 6 anos desde quando perdeu tudo para Collor, Eitor conseguiu novamente investir no seu negócio e por ainda possuir o galpão onde funcionava seu supermercado principal, começou a iniciá-lo novamente e dessa vez com muito mais força, vigor e organização do que antes.
Depois que Hannah completou 10 anos, começou a ir pra escola sozinha já que era a 2 quarteirões de onde morava. A adolescência tava chegando e Hannah deixou de lado o jeito doce e meigo, se tornou então uma menina dura e às vezes até grosseira. Ninguém gostava de ficar perto dela, a chamavam de botijão de gás (por ela ser gordinha) e claro, sempre respondia com tapas e socos. Apesar de ser gordinha, Hannah possuía um rosto lindo, um cabelo liso longo e macio que finalizava com cachos grandes e bem cuidados, olhos cor de mel que quando se encontrava com um forte reflexo do sol pareciam piscinas de favo.
No caminho da escola, ela não muito cuidadosa deixou seus livros caírem no chão e resmungando algumas palavras ou outras agachou-se para apanhá-los quando de repente alguém tropeça nela e acaba os dois caídos no chão. Hannah se levanta irritadíssima avançando no garotinho que já estava de olhos fechados esperando ela bater.
No caminho da escola, ela não muito cuidadosa deixou seus livros caírem no chão e resmungando algumas palavras ou outras agachou-se para apanhá-los quando de repente alguém tropeça nela e acaba os dois caídos no chão. Hannah se levanta irritadíssima avançando no garotinho que já estava de olhos fechados esperando ela bater.
- VOCÊ TÁ CEGO MONGOLÓIDE?
- Não, por favor, não bata em mim, eu não consegui ver você por causa das caixas que estava carregando.
- Tá bom, dessa vez vou deixar passar... Agora na próxima vez é melhor você correr antes que eu me levante.
O garoto levantando-se do chão e limpando a poeira da roupa, juntando as caixas e ainda com medo da menina de cabelos longos e olhos cor de madeira disse:
- Não, por favor, não bata em mim, eu não consegui ver você por causa das caixas que estava carregando.
- Tá bom, dessa vez vou deixar passar... Agora na próxima vez é melhor você correr antes que eu me levante.
O garoto levantando-se do chão e limpando a poeira da roupa, juntando as caixas e ainda com medo da menina de cabelos longos e olhos cor de madeira disse:
- Como é seu nome? Sou novo aqui.
Hannah no entanto estirou língua e retrucou dizendo: Não é da sua conta, bobão. E virando, foi caminhando pra escola o mais rápido que pôde. Ao dar alguns passos o garoto sorrindo disse:
- O meu é Ugo, tchau.
- O meu é Ugo, tchau.
Ugo era com certeza o menino mais bonito da rua se mudará recentemente. Seus pais decidiram morar em João Pessoa para começar uma nova vida. Os pais dele chamavam-se Gonçalo e Maisa e tinham uma doçura no olhar que qualquer um se encantaria em tê-los por perto.
(CONTINUA...)
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